terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Aprendizagem organizacional e gestão do conhecimento: Um desafio a ser enfrentado

Rev Latino-am Enfermagem 2003 maio-junho; 11(3):269
www.eerp.usp.br/rlaenf Editorial
APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E GESTÃO DO CONHECIMENTO: UM
DESAFIO A SER ENFRENTADO
Isabel Amélia Costa Mendes1
Ter plena compreensão das pessoas como ativos, identificando e explorando suas diversidades intrínsecas
para adicionar valor aos projetos e resultados organizacionais, é um desafio a ser enfrentado se quisermos monitorar
com competência o potencial e a contribuição que os recursos intangíveis podem oferecer para o sucesso das
organizações.
Dentre os fatores que procedem à maximização dos recursos humanos, a aprendizagem organizacional e a
administração do conhecimento se destacam como imprescindíveis para o nosso tempo.
O conhecimento explícito e o conhecimento tácito interpõem-se nas organizações. Enquanto que o conhecimento
explícito, formal e sistemático, é facilmente disseminado fornecendo informações rápidas e confiáveis, de acesso
disponibilizável e conectando pessoas para sua utilização, o conhecimento tácito provém de experiência pessoal,
intuição, bom senso e insights sendo, portanto, muito mais difícil de ser comunicado. As soluções e conselhos criativos
que podem advir desse tipo de conhecimento tornam necessário seu compartilhamento, e aqui o diálogo é um importante
mecanismo de aprendizagem.
A administração do conhecimento contempla “maneiras deliberadas e sistemáticas para criar, captar, organizar
e transferir conhecimento”(1). Três forças impulsionam esta gestão: 1) a tecnologia da informação favorecendo a
disseminação compartilhada do conhecimento explícito e propiciando a conexão das pessoas em redes para o intercâmbio
e compartilhamento do conhecimento tácito; 2) o capital intelectual se tornou o alicerce da economia. Desta forma, os
dirigentes passam a investir e utilizar os recursos de conhecimento; 3) o interesse na gestão do conhecimento se
vincula intimamente aos empenhos das organizações de se transformarem em organizações de aprendizagem(1).
Na área da saúde, a enfermagem em suas distintas práticas tem reconhecido as pessoas - prestadoras e
recebedoras do cuidado - como seus ativos mais importantes. Em seu contexto, é inegável a contribuição que os
conceitos da aprendizagem organizacional e gestão do conhecimento podem oferecer para a qualidade da assistência
e da gerência desenvolvidas.
Assim, mecanismos para sustentar a coleta e o compartilhamento do conhecimento explícito e tácito devem se
integrar na pauta das ações dos enfermeiros.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. Daft RL. Organizações: teorias e projetos. São Paulo: Pioneira Thompson Learning; 2002.

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